10/12/2017

Palavras-chave, Locuções-chave

LOCUÇÕES-CHAVE:
Palavras-chave da revisão de texto*: 
arte da revisão e técnica da revisão, 
estilo de revisão e trilogia da revisão,
revisão e copidesque, revisor copidesque,   
revisor de texto e copidesque de texto ou de livro
arte e técnica da revisão, 
arte de revisar texto, 
arte da revisão de texto, 
técnica da revisão textual, 
estilo de revisão textual, 
trilha revisória do texto, 
trilogia da revisão textual, 
correção, revisão e copidesque**, 
correção e revisão de texto, 
revisão e copidesque de texto, 
copidesque ou copidescagem do texto, 
revisão e copidesque-copidescagem, 
correção gramatical e metodológica¹
correção gramatical e ortográfica², 
correção gramatical e sintática³, 
correção gramatical do texto, 
correção gramatical e ortográfica, 
correção ortográfica de tcc, 
correção ortográfica e sintática, 
correção ortográfica e pontuação, 
correção e revisão ortográfica, 
correção ortográfica de trabalhos acadêmicos, 
revisão gramatical e metodológica, 
revisão ortográfica e gramatical, 
revisão textual, revisão metodológica,  
revisão gramatical e ortográfica, 
revisão gramatical e sintática³, 
revisão no texto em verso e prosa, 
revisão no texto: poema e prosa, 
revisão textual em livro e monografia, 
trabalho de conclusão de curso (tcc), 
revisar monografia de graduação, 
revisar dissertação de mestrado, 
revisar tese de doutorado, 
corrigir relatório técnico de estágio.  
Notas: 
* Algumas locuções acima já são consagradas na Internet, e as demais, nós estamos acrescentando. 
¹ Nós, como revisor, não assimilamos a locução "copidesque gramatical nem metodológico", porque a copidescagem é interpretativa e sistemática
² Sendo ortográfica, já é gramatical, visto que a Ortografia é uma parte da Gramática. 
³ Sendo sintática, já gramatical, pois a Sintaxe é uma parte da Gramática. 

15/05/2017

aludindo à correção e revisão

        Amostragem das fontes de consulta
Se eu for fazer correção e revisão,
recorro à Gramática e ao Dicionário:
vejo as locuções e o vocabulário;
tudo quanto é verbo e a conjugação;
corrijo os acentos e a pontuação,
crase obrigatória, crase optativa.
“Não se vai além da regra normativa.”
Obedeço à redação oficial,
regência verbal, regência nominal
e a mais outras fontes* de ação corretiva.
* Nova Ortografia, manuais de redação, etc.

       Corrigir e revisar
Agradeço à Natureza
por ser mais um revisor:
sou quase um conferidor
de frase, ideia e beleza*.
“Quem escreve quer certeza
de correção da escrita¹.
E toda frase bonita²
convém que seja adequada³;
se não, talvez, saia errada
a opinião que foi dita.”
* modéstia à parte.
¹ a correção é mais vocabular do que redacional.
² a revisão é mais textual: inclui estética (sem cacofonia).
³ nível de revisão.

13/01/2017

o que é este Blog

apresentação em verso e prosa

AVISO: estão recapituladas aqui "todas as postagens" de correção – revisão – e copidesque ou copidescagem (que vai além da correção e revisão) já publicadas no Blog Revisor Valdir e seus blogs filiais. 

ÍNDICE
I Correção – Revisão – Copidesque
II TRILOGIA REVISÓRIA:
Correção – Revisão – Copidesque
III ARTE DE REVISAR TEXTO
IV CARTA DE REVISOR PARA ESCRITOR
V EXPECTATIVA DE ATIVIDADE
VI FRASES DA ARTE DE REVISÃO
VII DIA DO REVISOR: 28 de Março
VIII CONTRIBUIÇÃO PARA OS LEITORES
IX PORTFÓLIO DESTE REVISOR
X ALUDINDO À CORREÇÃO E REVISÃO

I Correção – Revisão – Copidesque

Ofertamos este Serviço para Autor/Escritor/Redator:
correção – revisão – copidesque de Texto.
Conteúdo desta postagem:
Fala sobre esta atividade feita pelo Autor do Blog. Simplificadamente consiste na correção gramatical e ortográfica, revisão textual redacioanal e metodológica, bem como copidesque ou copidescagem
Oferta essa trilogia de Operação Textual como Serviço para o Público. 
Objetivo desta postagem: divulgar e disponibilizar revisão de livros e textos em prosa e verso para outros Autores, Escritores, Redatores e Editoras.
Nossa missão: participar da arte de escrever bem.
Nosso objetivo: trabalhar com textos de outros autores.
Slogan: "Podemos escrever certo".
Linha metódica: "Se é para fazer, que seja benfeito".
Linha de pensamento: "Em todo lugar escrito, vejo um pedaço de gente".
Público específico:
a) Toda pessoa que precisa de correção textual do tipo ortográfica, redacioanal e metodológica, em verso e prosa.
b) Estudante que vai fazer monografia, dissertação, tese e mais algum trabalho de conclusão de curso (tcc), acasêmico ou técnico.
c) Pessoas ligadas ao mundo da poesia, escrita, leitura, revisão, bem como ambiente universitário e escolar.

II TRILOGIA REVISÓRIA:
Correção – Revisão – Copidesque

1ª) Correção a ser feita
2ª) Revisão a proceder
3ª) Copidesque ou copidescagem
Ressalva ética
Finalmente, autores e obras

A trilogia "ascendente" e quase natural é a seguinte: Correção de texto, Revisão de texto e Copidescagem (Copidesque) de texto.

Vamos descrever agora cada fase dessas, procurando indicar sua evolução paulatina, tanto aqui quanto para o ato de fazer o serviço.

Cabe dizer: a correção é quase inseparável da revisão (ou existe uma interseção entre ambas) de tal monta que se torna lamentável deixar um texto sem uma ou sem a outra.

1ª) Correção a ser feita

Pela Gramática normativa, técnica de Redação, Metodologia científica e nova Ortografia.

De acordo com a norma culta, normas técnicas, redação oficial ou comunicação administrativa.

Segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e manuais de correspondência.

Aqui buscamos a palavra correta e o termo adequado. Porém, somos um seguidor de normas, tão obediente como impedido de criar alguma coisa que passe além da conta ou regra.

Somos apenas um "técnico" (mesmo de nível superior): portanto, corrigimos nos mínimos detalhes o que foi escrito, elaborado.

Adotamos como unidade de intervenção máxima uma frase ou algumas.


2ª) Revisão a proceder

Vamos além da correção textual. Interferência que visa melhorar o texto. Pode atingir palavra, frase, parágrafo ou trecho pequeno; fazemos isso por meio de corte, substituição, inclusão, inversão ou deslocamento. 
(Adaptação de um conceito parecido com o nosso, achado nesta Fonte: site http://pt.wikipedia.org/wiki/Revis%C3%A3o_de_texto. Acesso em 25-02-2015.) 

Não podemos subir a uma intervenção, mas já entramos em uma fase com retoque, ajuste, encaixe, adaptação e remanejamento. Mexemos uma porção a mais que na fase anterior (de corrigendas).

Adotamos como unidade de intervenção máxima um parágrafo ou alguns.

3ª) Copidesque ou copidescagem

Tentamos ser um "analista". Vamos muito além do plano corretivo e das linhas revisórias.

Cabe dizer aqui, a título de ilustração, que existe o verbo "copidescar" — transitivo direto, significando "fazer o copidesque ('revisão') de" — conjugado em todas as formas (Houaiss).

O livro, ou texto diferente, pode ser um conteúdo rico em argumentos e opiniões, conceitos e ideias. Mas agora passamos a ser "um primeiro leitor" da obra, um observador do trabalho acadêmico (semelhante a orientador extraoficial).

Lançamos um olhar penetrante ou concentrado, para ver se descobrimos parágrafo sem nexo ou contraditório. 

Procuramos palavras muito repetidas e aproximadas a fim de substituir algumas. 

Tentamos achar os elementos metodológicos de um Resumo da obra; esboçamos uma noção panorâmica.

Então, sondar algumas hipóteses levantadas, descobrir a motivação do trabalho que foi escrito, a sua linha problemática e sugestiva apresentada, captar a missão e a mensagem transmitida, sugerir um paratexto que ilustra, melhorar os títulos da obra, dos capítulos das seções, destacar o tema, além de outros elementos. A motivação é um forte componente.

Examinamos argumentos, à cata de 4C: Clareza, Coerência, Concisão e Conclusão, dentre mais requisitos. Esse quarteto, por si só, incorpora muita consistência a uma peça literária, técnica, acadêmica.

Interpretamos o conteúdo. Ajudamos a apurar o fechamento, fazendo um balanço do que foi dito. Nessas linhas de atuação, transitamos no vaivém, de acessórios pré-textuais, passando pelos capítulos, até chegar aos acessórios pós-textuais. 

Conforme seja esse aprofundamento, passamos a ser um colaborador espontâneo, voluntário. Nunca nos achamos co-autor! 

De posse do original, "reescrevemos o que pode ser refeito". Empregamos (ou melhor, temos utilizado) técnica de leitura, conhecimento geral e habilidade que a temática requeira para dar-lhe alguma feição nova, sem mexer no seu corpo original. É uma fase de aperfeiçoamento que nos dá muito gosto e possivelmente é gratificante para um autor.

Adotamos como unidade de intervenção máxima uma página.

Ressalva ética

Cabe ressalvar que não devemos (não se deve) produzir texto para uma obra nem para um trabalho escolar-acadêmico. Seu autor é quem vai desenvolvê-lo. Porém a "tentação" é grande no final, exigindo autocontrole a fim de obedecer a essa regra ética.

A palavra mais conhecida e mais agradável da trilha corretiva, revisória e copidescada é "revisão". Talvez, por isso, adote-se comumente a locução "revisão de texto (ou de textos)" para se referir, quase indistintamente, aos três estágios. 

Em todo caso, temos cuidado para não promover a intromissão. Mas a unidade máxima de interferência pode ser ultrapassada conforme nosso grau de envolvimento com a obra e seu autor(a). 

A linha ética ou mentalidade é do adágio "Não suba o sapateiro além do sapato", ou "da chinela", como na anedota.
(Ver: http://www.citador.pt/anedotas.php?op=10&anedid=1005&theme=98&piada=Proverbios_Nao_Suba_o_Sapateiro_Alem_da_Chinela).

Finalmente, autores e obras

Após o trabalho, alguns autores já disseram espontaneamente que "Você completou as minhas ideias", "Você acrescentou o que faltava no meu livro": isso já soa como reconhecimento. Além disso, outros elevam nosso nome a uma posição destacada na obra (como na página de Agradecimentos), fazendo alguma deferência.

Contudo, em vez de contar história ou falar mais a respeito dessa nossa atividade, recomendamos que seja lida a postagem Arte de revisar texto e Carta de revisor para escritor, além de outras (ver ARQUIVO DO BLOG e clicar no nome respectivo).

As obras do nosso "portfólio" (listagem de livros revisados por nós) mostram bem o grau até aonde avançamos na nossa atividade: um comentário, uma página à guisa de prefácio, uma epígrafe, uma anotação metodológica, síntese, além de outras participações especiais — todas como "acessórios" do Texto — que tivemos no decorrer das revisões. 

Nota de revisão: o certo é "não ficar palavra isolada no fim da linha"; mas foram deixadas várias aqui (no texto e à revelia dessa regra), porque surgiram depois da formatação do Blog (assim como em outras páginas). 

III ARTE DE REVISAR TEXTO

[Lapidar a escrita] (título nosso)
"É necessário corrigir e reescrever a mesma página várias vezes, lapidando-a como uma pedra preciosa." 
(BARBOSA, O casaco negro. 2003, p. 27)

Índice
ANTECEDENTE CARTESIANO
1 SINAIS DE REVISÃO
2 PARTICIPAÇÃO DO REVISOR
2.1 Sobre o tema e o autor
2.2 Com autores: perfil e sondagem
2.3 Sobre textos: organização dinâmica
3 ESFORÇO NA CORREÇÃO
3.1 Mote: 
O revisor que puder/ 
passe além da revisão.
3.2 Revisor, caixa de sugestões
REFERÊNCIAS
        
ANTECEDENTE CARTESIANO 

Princípio da evidência ou da verificação

Foi Descartes também descobridor
do “princípio da verificação”* —
que, aqui, corresponde à “revisão”
a ser feita no livro de um autor.
Então viva mais esse criador
por mais essa função bem concebida;
torna a obra completa e corrigida;
e se tem revisor que se esmere,
cada texto que ele vê e confere
ganha forma, valor e nova vida.
*Descartes (2000, pp. 71-72): fazer revisões que evitem passar algo em branco.

1 SINAIS DE REVISÃO

        a) Revisor(a) de texto
Com certeza, a revisão
é parente da Leitura:
palavras têm tessitura*
que exige adaptação;
por isso, é ocupação
de pessoa detalhista.
Ser revisor é conquista
de quem se apaixonou
por leitura e encontrou
sua família de artista.
*Tessitura: conjunto dos sons que convêm melhor a determinada voz ou instrumento.
Extraído da obra Motivos para a leitura (da nossa autoria).

        b)
 Usar nome, em vez de pronome
Infelizmente, a Gramática
tem pronome indefinido
que deixa mal induzido
quem desenvolve a temática.
Mas, pra¹ sair da estática,
um revisor tem um crivo
e não se torna cativo:
em vez da palavra “algo”,
sugere “fator fidalgo”
porque tem substantivo”.
¹ Contração para atender à métrica do verso.

        c) Norma culta
Quando o escritor se aborrece,
pode ser com muita norma
que da Gramática se forma,
e o fruto não aparece.
Mas, se é isso que acontece,
cabe mais explicação:
por que sim e por que não,
ele gosta de saber,
mesmo sem se convencer
de que a regra tem razão.

        d) Procura de correção
Um autor faz conteúdo
com textos originais
— específicos e gerais —
que compõem seu estudo;
faz do livro seu escudo
com que bate ou se defende.
Pra* fazer isso, pretende
encontrar um revisor
que seja conhecedor
do que ele não entende. 
*Pra — contração que atende à Métrica.

        e) A revisão entra em cena.
Um revisor tem a forma
que continua o trabalho.
Pra¹ não ter um ponto falho,
segue o método com a norma.
A palavra, ele reforma;
segue a Metodologia;
devolve tudo no dia,
conforme foi combinado:
cem por cento revisado,
segundo o autor queria.
¹pra — contração a fim de atender à Métrica.

2 PARTICIPAÇÃO DO REVISOR

2.1 Sobre o tema e o autor

        a) Compromisso com a obra
Se eu pudesse dizer,
falaria deste jeito:
“meu compromisso há de ser
não com o autor, o sujeito,
mas com o que ele quer ter
como algum livro perfeito”.

        b) Partilha de pensamentos
Alguns temas coincidem
no que vão contribuir.
Sempre existe alguém no Mundo
com quem se vai dividir
alegria ou aflição
pra chorar ou pra sorrir.

        c) Encontro de inquietações
Um revisor compreende
um escritor que se aflige.
Quando a arte é diferente,
diferente gênio, exige;
mas a dor de quem escreve
pode ser de quem corrige.

        d) Integração com autor
A “graça” da revisão
está onde um revisor
sugere termo ao autor,
na hora da correção;
onde faz interação
com um trecho original
e uma frase quase igual
à que fez o escritor,
que a aceita com louvor,
mantendo o texto integral.

        e) Credibilidade da revisão
Aí se nota de leve
mais uma nova aliança
que une por confiança
“quem corrige” a “quem escreve”.
A discordar só se atreve
um do outro raramente —
quando surge de repente
conceito ou ponto de vista
que mude o tema da pista
(para entrar noutra corrente).

2.2 Com autores: perfil e sondagem 
Obs.: trecho em verso alexandrino (12 sílabas poéticas).

      a) Perfil maleável e exigente dos autores
Entre os autores que desejam correção,
há os que são no mesmo ponto parecidos.
Uns não reclamam e também não dão ouvidos
a quem se importe com um erro ou omissão.
Já outro volta com o livro em sua mão,
aí procede a uma leitura atenciosa;
aguça a mente pra ficar mais curiosa;
vai apurar o trabalho realizado:
se, por acaso, um erro só tiver ficado,
irá pedir correção mais minuciosa.

      b) Tempo não calculado para correção
Erro acontece principalmente devido
a ser corrido o tempo de envolvimento.
Se dividir as horas pelo movimento,
o quociente aparece diminuído*.
O tempo necessário é despercebido:
dizer é fácil, mas fazer é diferente.
O livro tem uma “dinâmica envolvente”,
mesmo que seja pelos meios automáticos;
também precisa dos seus momentos estáticos,
a esperar por um cuidado condizente.
*Muito serviço em poucos dias.

      c) Sondar a obra literária
Interferência é mais um ponto crucial.
Gente, afinal, nem sempre acata sugestão —
mesmo que aumente a clareza e a precisão
à luz de um método ou norma gramatical.
Logo, é preciso outro cuidado especial,
só pra fazer mudança em pouca quantidade;
ser oportuno e dizer com propriedade
o fundamento de qualquer intervenção;
ser muito arguto para ouvir a impressão
e agir dentro de muita espontaneidade.

      d) Inflexibilidade de autor “perfeccionista”*
Erro é comum ocorrer na pontuação,
repetição, ideia fixa ou muito forte,
ou nos escritos da pessoa que se importe
com seu estilo marcante na redação;
quem quer deixar mais livre a interpretação
também não gosta de alterar o que escreveu:
prefere a falha que, sem querer, cometeu
quando empregou uma palavra inadequada.
Cada escritor tem sua “forma festejada”
de agradar ao público-alvo que escolheu.
*Intransigente, mas tolerável.

      e) Interação entre escritor e revisor
Outros autores pedem até sugestões
— opiniões em um processo evolutivo;
um revisor torna-se participativo;
às vezes, chega a fazer considerações.
Nesse processo, ele aumenta as suas funções:
pode chegar a ser um prefaciador,
dignificado e promovido no labor,
ser convidado pra festa de lançamento
como sinal de grande reconhecimento
por seus trabalhos aprovados com louvor.

2.3 Sobre textos: organização dinâmica* 
*Nota: versos alexandrinos (12 sílabas poéticas).

        a) Sistematizar assuntos pertinentes
O Universo é um conjunto ou um espaço
onde há um laço de pessoas com ideias;
tem as abelhas que se unem nas colmeias;
tem a família que se une em seu regaço.
Assim também, pode se fazer, passo a passo,
agrupamento de temas assemelhados;
por mais que sejam títulos diversificados,
alguma ideia em comum, vão expressar;
um revisor pode montar e organizar
“quebra-cabeça” de textos desordenados.

        b) Usar a Gramática
Quer seja livro, quer seja monografia,
em poesia ou em prosa (que é normal),
alguma obra de deleite especial
ou redação a que o aluno tem fobia —
qualquer um desses precisa da Ortografia,
preconizada na Gramática Normativa,
de muita regra obrigatória e optativa
que tem seis classes de palavras variáveis¹
com outras quatro, que já são invariáveis² —
tudo a serviço da linguagem compreensiva. 
¹São variáveis: artigo, substantivo, adjetivo, pronome, verbo e numeral. 
²São invariáveis: advérbio, preposição, interjeição e conjunção.

        c) Encaminhamento a uma editora
Depois que o livro é devolvido ao seu autor,
o mesmo envia seu projeto a uma editora
que faz também a função de distribuidora
(com sua equipe de trabalho promissor);
O livro vai para um grupo avaliador
— assim chamado: Conselho Editorial —
que analisa bastante o material
(no CD-ROM*, ou no papel, ou no disquete);
a esse importante conselho é que compete
julgar a obra e dar-lhe parecer final. 
*Tradução: disco compacto apenas para leitura (GENNARI, 1999, p. 61).

     d) Ultimação do protótipo a ser revisado
Existe mais outro momento do processo:
chega o “boneco” ao poder de seu autor,
que novamente se dirige ao revisor —,
querendo ambos que o livro tenha progresso;
para, mais tarde, ser aceito com sucesso,
aí é feita a derradeira correção;
depois prossegue por última devolução
pra editora fazer seu acabamento;
então é feito retoque e melhoramento;
daí é que sai a primeira edição.

        e) Longa espera e lançamento festivo
Mesmo depois de encerrada a revisão,
o livro tem processamento demorado:
fica de um mês até cinco anos, guardado,
para alcançar a sonhada publicação.
Até à fase de venda ou circulação,
vários contornos são feitos no seu trajeto.
Pra se tornar um sonho bonito e completo,
é necessário festa no seu lançamento
qual uma comemoração de nascimento
do último filho ou de algum primeiro neto.

3 ESFORÇO NA CORREÇÃO

        Ramo de atividade
É preciso corrigir
livros e monografias —
uma das grandes manias
que alguém pode adquirir.
Quem leu para redigir
é capaz de encontrar
ideias para ordenar
o que o autor escrever
e dizer-lhe o que fazer
quando sistematizar.

3.1 Mote: 
O revisor que puder/ passe além da revisão.

a) Imagem priorizada (introdução do mote)
Lembrando que seu ofício/ 
vem no primeiro lugar;/ 
que não poderá falhar/ 
(mormente no frontispício);/ 
faça mais um sacrifício/ 
para dar ótima impressão./ 
O grau de satisfação/ 
depende desse mister./ 
(O revisor que puder/ 
passe além da revisão.)

        b) Fazer esforço dobrado
Não é bom ser limitado
só ao que diz a Gramática;
convém falar na temática
e no método empregado.
Esteja bem preparado,
de notebook* na mão
e muita disposição
para o que a obra requer.
(O revisor que puder
passe além da revisão.)
*Notebook: computador portátil.

        c) Ter cultura geral
Saiba o que dizer do erro,
da Ética, da Etiqueta;
o que revela a cor preta*
e a penúria do desterro.
Sobre o lixo no aterro,
diga a contaminação.
Fale sobre a comunhão
que a Igreja faz e quer.
(O revisor que puder
passe além da revisão.)
*Alusão às matérias O efeito de cada cor e Efeitos fisiológicos das cores nas roupas (site: http://www.tci.art.br/cor/efeito.htm 09/09/2006, 00:08; site: http://www.grito.com.br/artigos/fabricio002.asp). 
Servem para ilustração da capa de um livro.

        d) Sobre o texto corrigido
Diga qual é o proveito
que o livro pode trazer;
se o que o autor vai dizer
já disseram de outro jeito.
Depois do trabalho feito,
dê mais um grau de atenção;
pergunte se a explicação
está conforme ele quer.
(O revisor que puder
passe além da revisão.)

        e) Indicação consequente
Do escritor satisfeito
com um serviço prestado,
virá por ele indicado
outro que dará conceito.
É “lei de causa e efeito”,
dentro da avaliação
de desempenho e padrão
do trabalho que fizer.
(O revisor que puder
passe além da revisão.)

        f) Cuidar de correspondência
Anote com diligência
fax, telefone, e-mail*.
Se puder, vá ao Correio
despachar correspondência.
Fique atento, na sequência,
pra qualquer devolução.
Dê à Comunicação
carro-chefe e um chofer.
(O revisor que puder
passe além da revisão.) 
*E-mail: caixa postal no computador.

Fechamento (do mote) com sugestão

        Ser modesto e humilde
Porém, não seja arrogante
nem queira ser o maior;
apenas faça o melhor
de modo mais atuante.
Se souber seguir avante,
aceite a nova missão.
Se não tiver condição,
confesse o que não souber.
(O revisor que puder
passe além da revisão.)

3.2 Revisor, caixa de sugestões

        a) Ao revisor que deseja avançar mais*
Além de toda a revisão que ele almeja,
é bom que seja uma “caixa de sugestões”
— pra dar ideias, “palpites” e opiniões —
enquanto junta, sistematiza e coteja.
Cada medida sugerida é que enseja
abrir-se um novo leque de alternativas
que pode formar célula de ideias mais vivas
dentro do processo de comunicação,
para aumentar a dose de compreensão
quando o leitor chegar à reta conclusiva.
        *Versos alexandrinos.

        b) Aliados (como outros protagonistas)*
Sendo ele aliado a bons escritores,
seu nome vai ser muito mais divulgado:
é mais conhecido e até, noutro Estado,
talvez possa ter mais interlocutores.
É muito comum os empreendedores
fazerem também parceria, união;
(governo convida empregado e patrão
pra juntos fluírem num só desempenho).
Revisor parceiro vai ter mais empenho
e aumenta seu campo de atuação.
       *Versos undecassílabos (11 sílabas poéticas).

        c) Slogan: “podemos escrever certo”*
Do Brasil, li Machado de Assis,
Castro Alves, José de Alencar,
Azevedo Lobão, Flávio Aguiar.
Li também escritor de outro país.
Ao fazer a leitura, sempre quis
corrigir uma frase do autor.
Hoje em dia, com ar de escritor,
tenho meu novo mundo descoberto:
digo que “podemos escrever certo”;
para tanto, eu sou mais um revisor.
        *Decassílabos.

Muitas estrofes foram concebidas no calor do trabalho revisório e, portanto, impregnadas desse contexto; já outras nasceram dos momentos de abstração, mas também aquecidas por esse mesmo clima.

Nota de revisão: existe quem condena a repetição da rima — principalmente terminada em "ão", porque acha fácil demais; porém não tive como fugir da mesma e de outras terminadas em "or", por estar usando muitos termos próprios da arte ou ramo aludido e manter a linha temática.

REFERÊNCIAS 

a)     AUTORES

ANDRADE, Mário de. Cartas a um jovem escritor: de Mário de Andrade a Fernando Sabino. 3. ed. Rio: Record, 1993.
ARISTÓTELES. Arte poética. Cap. XVII, item 3 e 4. [Tradução de Paulo Costa Galvão]. Disponível em: http://www.espirito.org.br/portalartigos/diveros/filosofia/a-arte-poetica.html. Acesso em 21 jun. 2004
BARBOSA, Rogério Andrade. O casaco negro. 5. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2003 (Série Biblioteca Juvenil).
_____. Lei Federal 9.610/98, de 19 fev. 1998 — altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
_____. Lei 9.278/96.
_____. Norma da ABNT: NBR 6.023/2002, que dispõe sobre “Informação e documentação — Referências — Elaboração”.
_____. Norma da ABNT: NBR 10.520/2002, que trata da “Informação e documentação — Citações em documentos — Apresentação”.
GENNARI, Maria Cristina. Minidicionário de Informática. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
DESCARTES, René. Regras para a direção do espírito. [Tradução por Pietro Nassetti]. São Paulo: Martin Claret, 2000. (Coleção A Obra-Prima de Cada Autor, vol. 45).
ECO, Umberto; MARTINI, Carlo Maria. Em que crêem os que não crêem. 7. ed. [Tradução por Eliana Aguiar] Rio de Janeiro: Record, 2000.
LOBÃO, Antônio Carlos de Azevedo. É possível ser feliz, fazendo uma monografia: um guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Hucitec, 2004, capa.
SCORTECCI, João; MENDES, Maria Esther. Informações importantes para quem quer publicar um livro. São Paulo: Scortecci, 2005  

b)     INTERNET

SITE http://www.comversos.com.br/
SITE: buchicho@opovo.com.br)
VARGAS, Suzana. Texto escrito para treinamento no Centro de Formação Banco do Brasil. 

IV CARTA DE REVISOR PARA ESCRITOR

Duas Artes ou dois Amigos.
Pronome de tratamento: Você.

1 Saudações e conjecturas
2 Dilema de escritor
3 Dilema de revisor
4 Dois espíritos inquietos
5 Quando será o final 

1 Saudações e conjecturas

      a) Saudação
“Bom-dia, meu caro amigo!”
Mas não precisa dizer
a impressão que tiver
sobre o que vou escrever.

      b) Partilha de sentimentos
Eis uma rápida mensagem,
para escritor digerir.
Ele encontra revisor
com quem possa dividir
alegria ou aflição
para chorar ou sorrir.

      c) Encontro de inquietações
Amigo! nos seus escritos,
entendo o que o aflige.
Sua arte não é fácil
e um grande talento, exige;
mas a dor de quem escreve
pode ser de quem corrige.

2 Dilema de escritor

      a) Antagonismo problemático
Cai um “temporal” no Mundo
que vem com redemoinho,
que abre e fecha caminho
numa* fração de segundo;
é “pano que não tem fundo”,
é uma “bola dividida”.
São os dois lados da Vida,
na linha polarizada,
dizendo que “é tudo ou nada”:
ou cicatriz, ou ferida
*numa - contração de "em uma" para atender à Métrica.

      b) Revolta de quem escreve
Escrever é pra quem sente
vontade de reagir:
se for ferido e cair,
levanta-se novamente;
é quem não vive contente
com crime e barbaridade;
quando vê uma atrocidade,
sente um gosto natural
de acabar com o “vendaval”
no lado da crueldade.

      c) A obra tem seus motores.
Geralmente um livro é feito
por quem se acha inquieto,
insatisfeito com veto
ou lesado em seu direito.
Quem já vive satisfeito,
normalmente não procura
fazer livro nem brochura.
Quem escreve está querendo
resolver ou, resolvendo,
um “problema ou amargura”.

      d) A missão além da conta
Você não chega ao final;
apenas faz uma pausa,
pois sempre uma nova causa
provoca seu cabedal.
Nesse processo causal,
um livro sai publicado
e o público-alvo é saudado
com palavras de atenção.
Assim vai longe a missão
do seu “gênio inconformado”.

3 Dilema de revisor

      a) Correção sem mais efeito
Corrigir é pra quem gosta
de ver tudo consertado.
Mas, quando estou revoltado,
não sei fazer a proposta;
sem pergunta, sem resposta,
não faço a minha defesa;
também sinto a correnteza
que precisa de combate,
mas não entro no debate
que levante uma represa.

      b) Silêncio de quem corrige
A correção da escrita
contagia um revisor.
Sinto a queixa, o amargor
que vêm da palavra aflita.
Na frase que se agita,
muita coisa eu fico vendo.
Por isso, Amigo, eu entendo
o que lhe causa sofrer.
Só não consigo escrever
o que me está doendo.

4 Dois espíritos inquietos

      a) Cabeça “de prontidão”
Você não pede que agende
um assunto ou um adendo.
E quando estou remoendo
os dramas que a Vida acende,
eu ligo e Você atende,
responde imediatamente.
Já outro amigo é ausente
e o telefone, ocupado:
não escuta o meu chamado
ou o chamo “incomodamente”.

      b) Senha de atendimento: “duas Artes!”
“Duas artes, dois amigos”
que se juntam na escrita.
Você anota o que medita,
querendo evitar perigos;
faz texto, produz artigos.
Já eu sou quem se empenha
em fazer o que convenha
pra você escrever certo.
Falando de longe ou perto,
usamos a mesma senha.

      c) “Artistas duros na queda”
Enquanto você seguir
nessa criação infinda,
vai escrever mais ainda;
com você, terei de ir.
Desta vez, vou corrigir
textos pra fazer brochuras.
Somos dois “cabeças-duras”
que têm este mesmo gosto:
derramar suor do rosto
com o calor das leituras.

      d) É árduo, mas causa alegria.
Se você se sacrifica,
tenho também meu martírio.
Mas, da Arte, um “pé de lírio”
nasce, vem e nos glorifica.
Pra você, é sempre rica
a ideia de “recriar”;
pra mim, é a de “revisar”;
sempre queremos um “pé”,
que dê motivos ou fé, 
pra mais um lírio brotar.

      e) Mãos à obra com retoques
No livro que lhe interessa,
começamos devagar,
como quem vai tatear
um terreno ou uma peça.
Não devo fazer promessa
de um trabalho excelente.
Mas, como sempre, é da gente
“toque de bola” apurado,
deixamos bem lapidado
cada texto componente. 

5 Quando será o final

      a) Desistir não adianta
Eu já pensei em parar
de corrigir obra sua,
mas não paro e continua
o que falei em deixar.
Eu digo que “vou largar...”.
Você diz coisas iguais.
Porém, escreve demais;
um livro aos seus olhos salta;
já eu também sinto falta
das correções textuais.

      b) Quem é do Ar não arqueja.
Procurei uma pessoa
que ficasse em meu lugar,
porém não pude encontrar
quem assumisse a “coroa”.
“Pra não virar a canoa,
eu vou segurar o remo.”
Um “temporal”, eu não temo
e as letras, não enjoei.
Quem é que não quer ser rei
de uma arte ou bem supremo?

      c) Presença de bom motivo
Fica um pouco “divertido”
o que nos torna presentes:
duas artes diferentes,
mas tangentes no sentido.
Talvez eu esteja unido
a Você, na mesma dor.
Nesse “encontro sofredor”,
deve existir um motivo
que faça alegre e ativo
escritor e revisor.

      d) Eis o prenúncio do fim
Nossa cadência é letrada,
vamos andando pra frente.
Nossa luz é ascendente:
clareia longe a passada.
Mas, quando não houver nada
que você queira escrever,
eu também não vou fazer
correção nem comentário;
esse encontro literário
não vai mais acontecer.

V EXPECTATIVA DE ATIVIDADE

     a) Desejo
Eu quero sempre fazer
correção gramatical!
A frase culta, formal —
ensinar a escrever.
Quando me falta o que ler,
estudo a Ortografia.
Isso parece mania,
em vez de ser um labor.
Eu quero ser revisor
de livro e monografia.

     b) Esperança
É muito bom corrigir
livros e monografias —
uma das grandes manias
do meu modo de agir.
No presente e no porvir,
espero sempre encontrar
ideias para ordenar
o que o autor escrever
e dizer-lhe o que fazer
para sistematizar.
        
     c) Exceção vocacional
Por comum, esse ofício magistral
é de quem noutra área é diplomado,
isto é, que, em Letras, é formado
ou fez Comunicação Social[6].
Penso que o meu caso é especial:
sou formado em Administração,
mas a "palavra escrita" é uma paixão
que me envolve desde a mais tenra idade,
que me dá sensação de liberdade
e de ser revisor por vocação. 


12 Cf. NASSETTI, Pietro. Perfil: René Descartes. In: Discurso do método. Tradução por Pietro Nassetti.  São Paulo: Martin Claret, 2000a, pág. 11. (A Obra-Prima de Cada Autor, 45).
[2] DESCARTES, René. Discurso do método. [Tradução por Pietro Nassetti.]  São Paulo: Martin Claret, 2000a, pág. 74. (A Obra-Prima de Cada Autor, 45).
[3] Cf. Ibidem, págs. 20-27.

VI FRASES DA ARTE DE REVISÃO

Ou da técnica revisória

Colorido.
 Intuitivamente a cor da revisão é vermelha.
Revisar. Em um grau mais avançado, revisão é uma censura que o autor faz a si mesmo.
Senso. O senso estético motiva a correção textual.
Revisão. A cada leitura, faço uma correção na forma ou nas ideias.
Repetição. A revisão deve ser repetida n-vezes: um tanto quanto seja necessário para dar a certeza de que está bem-feita.
Antecedente. Tal como "a repetição é a alma da aprendizagem", é também um requisito da arte de revisão.
Revisão e tradução. Uma vantagem da revisão passa despercebida, mas vai além da língua pátria: é aumentar a fidelidade na tradução do texto.
Corrigir. "Errar é humano...", revisar é não permanecer no erro.

VII DIA DO REVISOR: 28 de Março

1 Quadras
2 Vocação e sonho
2.1 Vocação
2.2 Sonho da Arte
3 Estilo de revisão

1 Quadras

Hoje é o Dia também
do ofício que eu adoro.
Neste Blog, comemoro 
o que me faz muito bem.

Aos escritores, saúdo
com votos de boa-sorte!
São eles um lado forte
de voz e sentido agudo.

2 Vocação e sonho

2.1 Vocação

      a) Invocação divinal
Rogo a Deus em um bendito
que me dê mais proteção
para eu dar nova impulsão 
a outro assunto e seu fito.
Dito, feito, feito e dito:
"Nasceu mais um revisor".
Lembro autora, lembro autor
com seus trabalhos ecléticos.
Mas falo em termos poéticos
para agradar ao Leitor.

      b) Tino revisório
Quis o Destino que eu
mudasse de profissão,
para fazer correção
em livro que não é meu.
A Natureza me deu
o dom de compreender
o que o autor quer dizer:
pela sua redação,
sei estímulo, sei razão
que o leva a escrever.

2.2 Sonho da Arte

      a) Elementos de entusiasmo
O calor da homenagem,
o perfil da revisão,
a obra em alusão
e figura de linguagem —
todos entram na contagem
dos escritos prediletos;
vão ilustrar os projetos
da Humanidade terrena.
E a Terra toda é pequena
para estes versos seletos.

      b) Pretensão gramatical
Quero imitar um gramático,
sabendo regra de tudo,
renovando conteúdo
de teórico para prático.
Sou revisor "burocrático”
pela Metodologia.
Entro na ortoepia,
na semântica, na linguística;
mantenho a característica;
dou regra à ortografia.

      c) Sonho possível
Livro e monografia,
tese e dissertação,
artigo e redação,
uma autobiografia;
jornal, revista, poesia — 
tudo é bom que seja olhado.
Em mais de um..., tenho achado
erro que eu não deixaria,
se, enquanto o autor fazia,
eu tivesse revisado.

3 Estilo de revisão
Sextilhas com versos de 7 sílabas e rimas ABCBDB.

      a) Perfeição 
Quero um estilo perfeito:
meu trabalho é conferido;
quando a frase está confusa,
dou-lhe clareza e sentido.
É o escritor exigente
meu cliente preferido.

      b) "Na ponta da língua"
Não falo a regra, perdido;
não sou a lua que míngua.
Conserto erro em palavra
como se cura uma íngua.
E a minha resposta é
dada "na ponta da língua".

      c) "Sem errada"
Tiro os erros de "coríngüa":
sai o acento e o trema.
Sou como dicionário,
que dá sentido e fonema.
(Só fiz esse nome errado
pra rima do meu poema.)

NOTAS DO AUTOR

Poesia do meu entusiasmo constante com a arte ou técnica da revisão, que resolvi divulgar em torno do Dia do Revisor de Textos.

Parece também uma seção de marketing pessoal, visto que aproveito a ocasião para divulgar o meu jeito de ser ou fazer em relação ao que chamo "esse ofício".

Não homenageia revisores: faz referência ao estilo de correção – revisão – copidescagem que tenho feito, vocação pressentida, pretensão e "boa-vaidade", relação amistosa com escritores e alguns detalhes, bem como algumas linhas gerais. Propaga o meu encantamento com essa atividade.

O Dia 28 de Março é também Dia do Diagramador. 
Acesso em: 25/03/2105.

VIII CONTRIBUIÇÃO PARA OS LEITORES
PELA PASSAGEM DESSA DATA COMEMORATIVA.

Exercício de prosificação do texto em verso para redação

Tema da estrofe: cotejamento de correções

A revisão precisa de muito cuidado;
um termo errado diminui o seu valor.
Por isso, faz-se necessário o revisor
rever de novo tudo o que já foi olhado.
Antes de dar o trabalho por encerrado,
"conte até dez" para contar “dez correções” —,
sendo a primeira feita só de adaptações;
faça as demais, com mais cuidado e pra valer;
e chegue à última, com retoques pra saber
se ainda falta corrigir alguns senões.

Ao leitor:
  a estrofe acima é uma décima com versos de 12 sílabas poéticas (feita "a capricho" para este exercício).

1º Passo: mudar apenas o formato para a prosa

¹ A revisão precisa de muito cuidado; um termo errado diminui o seu valor.
² Por isso, faz-se necessário o revisor rever de novo tudo o que já foi olhado.
²Antes de dar o trabalho por encerrado, conte até dez para contar “dez correções” — sendo a primeira feita só de adaptações; faça as demais, com cuidado e pra valer;
³ E chegue à última, com retoques pra saber se ainda falta corrigir alguns senões.
¹ As duas primeiras estofes. ² Estrofes intermediárias. ³ As duas últimas estofes.

2º Passo: substituir as rimas e faz adaptações.
3º Passo: empregar técnica de redação com adaptações criativas.

Resultado: uma redação de 20 linhas (com letra Times 12, papel A-4). 
O texto em prosa poderia ter este novo título.

Olhos de revisor. Ou: cuidados da revisão

revisão é uma arte ou técnica que precisa de cuidado especial, pois um termo impróprio no texto diminui a sua importância. Quem não comete falha ao escrever? "Mas é possível contar com alguém que faça correção apurada para ajudá-lo nesse processo criativo."
Diante disso, é fundamental que um revisor veja de novo, na íntegra, o conteúdo já escrito pelo autor, pois esse, nem sempre se alerta para os erros gramaticais e de outro tipo.
Antes de devolver o trabalho, convém que o revisor tenha paciência, para fazer tantas correções quantas sejam necessárias. A primeira será feita só apenas de adaptações ou sondagem; as demais precisam de maior cuidado, passando por vários aspectos para ter validade; quando terminar a última correção, deve passar outro visto para saber se ainda falta corrigir alguns senões, fazer retoques ou corrigenda final, etc.
Um revisor é um leitor especial que pode colaborar muito para enriquecer a obra. Não será demais ele propor alguma sugestão, alterando ou completando ideias e conceitos (já desenvolvidos pelo autor).
Portanto, qualquer trabalho de correção textual exige um processo meticuloso de cotejamento — além da habilidade conceitual e técnica — para incorporar valores ao trabalho literário.
Então, convém o autor escolher dentre muitos profissionais ou amadores alguém que se preocupe com a sua obra, a fim de torná-la mais ilustrada.
Conclui-se que, nessa etapa de elaboração, um trabalho escrito precisa mais do que dos olhos do dono: sente a falta de um guardião, de um colaborador — que pode ser encontrado no ramo da arte ou técnica da revisão.

Observação: as palavras do título foram aproveitadas para o texto em prosa; a frase em negrito é a problematização; entre aspas, está uma hipótese, embora já seja evidente, para solução; a parte em itálico mostra as deduções; e os trechos sublinhados indicam chavetamento na redação.

IX PORTFÓLIO DESTE REVISOR
REVISÕES, PARTICIPAÇÕES E ESCRITOS.

PORTFÓLIO 
— aqui se define simplesmente como sendo "a lista ou relação de obras e textos com seus autores respectivos, que foram corrigidos, revisados e/ou copidescados por este Revisor".

PRINCIPAIS LIVROS REVISADOS (do mais recente para o mais antigo):

1) Dicionário de Ministério Público. Florianópolis: Editora Conceito Editorial, 2009. 876 páginas.
2) Instituição do Ministério Público. Para concursos. 2. ed. revisada, ampliada e atualizada. Leme (SP): Editora J.H. Mizuno, 2008. 359 páginas.
3)*Crime e castigo: como cortar as raízes da criminalidade e reduzir a violência. São Paulo (SP): DPL Editora/Golden Books, 2008. 192 páginas.
       *Nota: embora esse título não contenha a locução Ministério Público (MP) devido a uma preferência da Editora, trata-se de um tema inerente à Penalogia Alternativa e MP.
4) Filosofar é preciso. São Paulo (SP): Editora Golden Books, 2007. 168 págs.
5) Nascido para vencer: uma forma de tornar bem-sucedida a sua história pessoal. Editora DPL, São Paulo (SP), 2002. 107 páginas.
        Nota: obras da autoria do Promotor de Justiça Edilson Santana.
6) Lúpus sem martírio: aprendizado, espiritualidade e amor à vida. Hilma Freire. Fortaleza/CE: Din.ce edições Técnicas, 2009. 343p.
7) Educação política. Hilma Freire.

PRINCIPAIS TRABALHOS ACADÊMICOS REVISADOS (em anos decrescentes):

1) Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Aprendizagem da Matemática. Aluno: Alan Bruno Barbosa — Universidade Federal do Ceará (UFC). Fortaleza, 2013.
2) Monografia Educação de Jovens e Adultos (EJA): sua real função. Aluna: Elana Mesquita Cavalcante. Universidade Estadual Vale do Acaraú. Sobral (CE), 2008.
3) Monografia Gestão escolar nas escolas públicas. Aluna: Verônica Nonato Dias. Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Fortaleza, 2006.
4) Monografia. Ensino religioso na escola particular: para que serve, quem leciona". Aluno:  Valter Loreiro de Souza  Universidade Estadual Vale do Acaraú – Uva. Fortaleza/CE, 2005.

OUTROS TEXTOS CORRIGIDOS:

Apostilha de Direito, Legislação e Informática para concurso;
Regimento Escolar e Projeto Político-Pedagógico (PPP);
Relatório Técnico de estágio em Raios-X e Enfermagem;
Livro de autoajuda, de memórias, determinismo e autobiográfico.
Discurso de nível superior e Artigo literário de jornal.

PARTICIPAÇÃO LITERÁRIA

        Nos últimos 10 anos (2004-14), participou de livros publicados — não é coautor — com um promotor de Justiça, um advogado, uma artista plástica, um médico e duas professoras.
         Junto aos referidos escritores e suas obras, atuou como Revisor e teve as seguintes “participações” de linha culta, gramatical, metodológica e poética, além de outras obras: 
a) Anotações da obra: métodos e mensagem da obra Faça acontecer: transformando sonho em realidade. Autor: Washington de Paula. Fortaleza, 2010.
b) Colaborador gramatical e metodológico da obra Dicionário de Ministério Público. Autores: Edilson Santana e Edilson Santana Filho, Florianópolis: Conceito Editorial, 2009.
c) Colaborador em método e redação da obra Instituição do Ministério Público. Autor: Edilson Santana, Leme (SP), 2008.
d) Comentário da obra Filosofar é preciso. Autor: Edilson Santana, São Paulo: DPL Editora, 2007.
e) Poesia da obra Medicamentos controlados: manual de notificação e receitas, de Jorge Prestes. Fortaleza: Premius, 2005.
f) Prefácio e revisão da obra Esotérica: poesias e contos. Autora: Lasthenia Brígido Memória, Fortaleza: Gráfica Nacional, 2005.
g) Mote glosado “de datas religiosas/ para o sentido da Vida” — subtítulo da obra Despertar. Autora: Zélia de Souza, Fortaleza: Edições DIN, 2004.

OBRAS ESCRITAS e não publicadas 

Em verso:
a) Poderes da Paixão e do Destino: da vida comum ao poema afetivo (livro autobiográfico).
b) Sentimentos de prisão e liberdade: naturais, familiares e sociopolíticos (brochura).
c) Espinhos e flores da meretriz: do pecado original à Lei do Concubinato (brochura).
d) Jesus Cristo e os maridos: irmãos e sacrificados pela Humanidade e a família (folhetim).
e) Memórias de uma carreira: ideal, conquista e frustração (folhetim).
f) Motivos para leitura: paixão pela arte de ler e conquista de objetivos (brochura).

Em prosa e verso:
Como fazer conclusão dissertativa: regras metódicas, temáticas e estruturais (livro técnico). 

X ALUDINDO À CORREÇÃO E REVISÃO

      a) Corrigir e revisar
Agradeço à Natureza
por ser mais um revisor:
sou quase um conferidor
de frase, ideia e beleza*.
“Quem escreve quer certeza
de correção da escrita¹.
E toda frase bonita²
convém que seja adequada³;
se não, talvez, saia errada
a opinião que foi dita.”
* modéstia à parte.
¹ a correção é mais vocabular do que redacional.
² a revisão é mais textual: inclui estética (sem cacofonia).
³ nível de revisão.

      b) Amostragem das fontes de consulta
Se eu for fazer correção e revisão”,
recorro à Gramática e ao Dicionário:
vejo as locuções e o vocabulário;
tudo quanto é verbo e a conjugação;
corrijo os acentos e a pontuação,
crase obrigatória e optativa.
“Não se vai além da regra normativa.”
Obedeço à redação oficial
(regência verbal e também nominal)
e a mais outras fontes* de ação corretiva.
* Nova Ortografia, manuais de redação, etc.

Atualmente fazemos correção, revisão e copidesque (ou copidescagem) de texto em verso e prosa.